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| | segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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A história já é conhecida. O vocalista Zack de la Rocha afirmou que estaria deixando o grupo. Os motivos de sua saída, segundo ele, foram às divergências políticas e artísticas com os outros integrantes. Assim Zack de la Rocha, a voz do Rage Against the Machine deixa a banda outubro de 2000 para seguir carreira solo, enquanto os três remanescentes partiam para a busca de um novo vocalista. O futuro do Rage Against the Machine era incerto. Em Los Angeles, por sugestão do produtor Rick Rubin, os três integrantes da banda, a saber: Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) receberam o vocalista Chris Cornell para um ensaio. Cornell vinha de uma longa e bem sucedida carreira no Soundgarden, que durou até 1997, e já havia lançado um álbum solo, Euphoria Morning, em 1999. A repercussão de seu trabalho solo, mais melódico e menos pesado, foi modesta, dividindo muitos dos antigos fãs do Soundgarden, embora Chris mantivesse um público cativo que viabilizava sua carreira.

A “química” entre os ex-Rage Against the Machine e o ex-Soundgarden surpreendeu até os próprios músicos, em pouquíssimo tempo uma banda nova estava surgindo. Mas para que o projeto fosse adiante, os músicos tiveram que enfrentar vários inconvenientes:

- Gravadoras: existiam contratos em vigor com duas gravadoras distintas, e rivais. De um lado a Epic/Sony Music do Rage Against the Machine e de outro a A&M/Interscope do grupo Universal, gravadora de Chris Cornell. Através de um acordo raro na indústria fonográfica, que não foi conseguido sem que houvesse muita negociação, foi permitido aos músicos seguir em frente.

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- Questionamentos: os boatos sobre a nova banda não demoraram a surgir na internet, o que dividiu tanto os fãs de RATM quanto os fãs do Soundgarden. Do lado do RATM, os fãs lamentavam a perda de identidade do grupo, já que Cornell representa um caminho bem diferente da firmeza política e da influência hip-hop de Zack de la Rocha. Já muitos fãs do Soundgarden repudiavam Cornell justamente por entrar num grupo muito vulgarmente taxado de rap-metal. Se for para tocar rock de peso novamente, então porque o fim do Soundgarden? Mesmo entre aqueles que admiram Chris Cornell e que acompanharam a sua carreira solo, questionavam a coerência do músico, já que a união com o Rage Against the Machine significava um caminho radicalmente oposto ao que pôde ser conferido em Euphoria Morning. Mas, sem dar ouvido a esse tipo de manifestação, o futuro Audioslave permaneceu unido e disposto a provar a todos os quanto ainda é possível ousar e atingir novos horizontes com o novo trabalho.

- Turbulências: por pouco, o Audioslave não acabou antes mesmo de começar. Além de contar com duas gravadoras, a banda inicialmente contava com dois times de empresários, os “managers”. De um lado, a empresa que cuida da carreira de Chris Cornell e de outro a empresa que defendia os interesses do Rage Against the Machine. Com tanta gente dando palpites, não foi muito difícil acontecerem os primeiros conflitos. Em março de 2002, o Audioslave (que ainda sequer tinha definido o nome da banda) anunciou a participação na turnê Ozzfest (a saber, o maior festival itinerante de rock da atualidade nos EUA, promovido por Ozzy Osbourne). Com tudo definido, datas e horários dos shows (o Audioslave seria um headliner, a atração principal), Chris Cornell anuncia que está fora. Tanto da turnê Ozzfest como da banda em si. Foi um novo choque para a base de fãs do Soundgarden/Rage Against the Machine. Mas a gravadora Epic continuou anunciando que o disco seria lançado e em pouco tempo Cornell estava de volta para ficar. E a partir de então, o grupo passou a contar com apenas um manager, da empresa The Firm, de Los Angeles.

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- Nomes: Primeiro, o projeto foi batizado Civilian (na época do Ozzfest, era assim que o grupo era conhecido). Mas acontece que já existia uma banda de nome Civilian, e foi preciso procurar outro nome. Chris Cornell sugeriu Audioslave e ninguém na banda ousou discordar. Só que também já existia um Audioslave! Desta vez, a banda resolveu entrar em acordo (por acordo, leia-se $$$) com a banda homônima para continuar sendo Audioslave.

- Demos: Durante o processo de transmissão digital de demos gravadas em Los Angeles para Chris Cornell em Seattle (sim, conforme anuncia o site da banda, o Audioslave é uma banda de ponte-aérea, Los Angeles e Seattle), as músicas caíram em mãos erradas. E dali para a internet foi um pulo. Foi então que, por volta de maio, 13 músicas do Audioslave circulavam livremente pela internet. O que foi um tanto frustrante, conforme Tom Morello:

“Foi uma pena porque a gente gravou 21 músicas, e vazaram cerca de 13, exatamente o número para um álbum. E então foi muito frustrante, porque a gente sabia que aquelas demos tinham tanto em comum com o disco quanto um carvão e um diamante. (?) três ou quatro vezes por dia, alguém vinha me dizer ‘eu ouvi o seu disco’, e eu respondia ‘não, você não ouviu! Eu juro que você não ouviu!’ e eles tentavam me convencer ‘Ah não cara, eu ouvi seu disco!’ [risos].”

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O disco “Audioslave”, que efetivamente tem muito pouco da demo que vazou, chegou finalmente as lojas em novembro de 2002 e vem fazendo um moderado sucesso desde então (ganhou disco de ouro pela venda de 500.000 cópias ainda antes do final de 2002). A estréia do Audioslave nos palcos foi no programa Late Show with David Letterman no dia 25 de novembro, ainda em 2002. Depois de mais alguns shows isolados no currículo em dezembro, a banda passa boa parte de 2003 excursionando para divulgar o álbum.

O futuro de um projeto como esse é sempre imprevisível, mas depois de todos os percalços já enfrentados pelo grupo, não é insensato prever uma longa e estável carreira daqui para frente. Ao menos, é o que transparece no entusiasmo das entrevistas. Segundo Tom Morello, o Audioslave compôs mais nos últimos 8 meses do que o Rage Against the Machine em 8 anos, e a possibilidade de trabalhar com Cornell abriu a possibilidade de trabalhar as melodias nos vocais, um território não explorado durante a carreira do Rage. E acrescenta: “Não é só melodia nos vocais, é o freakin’ Chris Cornell!”.

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E confirmando as melhores expectativas, em 2005 o Audioslave chega ao teste do segundo álbum, lançando “Out of Exile” em maio. O disco foi novamente produzido por Rick Rubin e mostra um Audioslave mais entrosado, conciso, dosando o peso e o potencial pop das músicas. “Out of Exile” obteve grande repercussão nas paradas, conquistando o topo na Billboard e em diversos outros países. Para o lançamento, a banda viajou a Cuba para fazer uma inédita apresentação na ilha de Fidel Castro. O show foi gravado para lançamento em DVD. Na seqüência, a banda partiu para uma turnê européia, onde a novidade foi a inclusão de clássicos do Soundgarden e Rage Against The Machine no setlist. Antes de excursionar nos EUA, a banda voltou ao estúdio para trabalhar em novas músicas sem perder o embalo.

Plenamente afirmado no cenário hard rock atual, o Audioslave lançará seu novo disco intitulado ”Revelations” no dia 05 de setembro deste ano. O disco conterá 13 faixas sendo que a faixa Original Fire já está disponível no site oficial, para quem quiser curtir o que essa grande banda prepara para setembro.


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